Demasiado humano

Ensaio fotográfico de Édi Pereira
Que cada um dos fotogramas ampute a falsa superioridade humana, expulsando o ser igual ao ser igual do pedestal da soberba.
Que os seres restantes, a tribo dos perfeitos selvagens, seja constituída de poucos, ínfimos, menores, mas de espírito e natureza livre, ex ante machina!
Clique! A vida parou?
Que ela prossiga, no abrir e fechar do diafragma, diáfana e policromática, desesperadora sempre.
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Que o uno e o todo, o verso e o anverso, o ser e todas as síncopes, a íris e a lente, o cosmo e a alma seca, o jorro e o espasmo, o frangalho e o germe, o cume e o despenhadeiro, tão somente todos.
Clique! O tempo parou?
Que a vida prossiga, espumando imperfeições no seu gozo de intragáveis prazeres diários. Escorrendo, escorrendo. Seguindo ao devir.
Clique!
Seu nome é Édi, profissão fotógrafa, 21 anos fazendo isto sem véus.
Luiz Cesar Faro
Jornalista
*Título de “Um livro para Espíritos Livres”
(‘Menschliches, Allzumenschliches) de Friedrich Nietzsch
edipereira@gmail.com